13 de mai. de 2012

Repressão e controle III




Uma pergunta... Por que é tão difícil mostrar nossos verdadeiros sentimentos e ser simplesmente quem somos?

Por alguns instantes procure sair da mente... Perceba que não há nenhum lugar para ir.
Não há necessidade de controlar nada, nenhuma necessidade de entender nada.
Nesse exato momento sinta a energia fluindo em seu coração.
Deixe todas as defesas caírem e entre em contato com seu próprio ser...
Nesse estado, sinta-se transparente, puro, inocente.

Perceba como é difícil mostrar os sentimentos e ser simplesmente quem você é, porque durante milhares de anos, disseram-lhe para reprimir os sentimentos.
É por causa disso que é tão difícil e assustador mostrar os próprios sentimentos. Você foi ensinado a ser hipócrita.
A hipocrisia tem as suas vantagens e qualquer coisa que traga vantagens parece ter valor.
Dizem que a honestidade é a melhor política – mas lembre-se, a melhor política.
A coisa toda depende do que funciona, do que é vantajoso, do que torna você mais rico ou mais respeitável, do que o deixa mais confortável, mais seguro, mais confiante, do que alimenta mais o seu ego – essa é a melhor política.
As pessoas vivem se reprimindo até que, naturalmente, acabam divididas.
Então passam a ter dois tipos de vida: uma que vivem na porta da frente e outra que vivem na porta de trás; ou seja, uma que vivem para mostrar aos outros, e outra – a verdadeira – que não mostram a ninguém. Elas mesmas têm medo de vê-la.
As pessoas reprimem sua libido, sua ganância, reprimem sua raiva, e estão fervilhando por dentro. Sua vida interior é um pesadelo. Não há paz, não há silêncio... Todos os seus sorrisos são amarelos.
Isso tudo porque você não consegue aceitar seus sentimentos. Você os rejeita, por isso o medo.
Aceite seus sentimentos. Não há nada errado com seus sentimentos, e nada errado com você! Não é preciso repressão ou destruição, é preciso que você aprenda a arte de harmonizar as suas energias.
Não há nada que precise ser extirpado, destruído, reprimido, rejeitado. Tudo que a existência lhe deu é belo.
Todos nós tomamos a nossa vida como um fato consumado; ela não é. O que recebemos foi uma possibilidade. Estamos recebendo apenas um potencial para a vida; temos de aprender a realizar esse potencial.
É preciso lançar mão de todos os recursos possíveis para que você possa aprender a usar a raiva de modo que ela torne compaixão; use o sexo de maneira que ele se torne amor, use a sua ganância de modo que ela se torne um compartilhar.
O seu corpo contém a alma, a matéria contém a mente. O mundo contém o paraíso, o pó contém o divino. Você tem de descobri-lo, e o primeiro passo rumo a essa descoberta é aceitar você mesmo, alegrar-se em ser você mesmo.
Você não tem que ser alguém como Jesus, Buda ou Krishna, não! Você não tem de ser como ninguém. Você tem de ser apenas você mesmo. A existência não quer cópias; ela adora a nossa unicidade.
E você só pode se oferecer para a vida sendo um fenômeno único. Se for uma imitação não vai adiantar. Os imitadores sempre acabam rejeitados.
Seja você mesmo, seja você de verdade. Respeite-se, ame-se. E então comece a observar todos os tipos de energia dentro de você – você é um vasto universo!
E, pouco a pouco, quando for se tornando mais consciente, você será capaz de pôr ordem na casa, colocar tudo no seu devido lugar.
Você está de pernas para o ar, é verdade, mas não há nada de errado com seu ser. Você não é um pecador – basta uma leve arrumadinha e se tornará um belo fenômeno.

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