9 de jan. de 2012

Você sente o cheiro da montanha de louros? I


Investigue cada palavra com profundo amor e simpatia:
Meu lugar permanente
Não tem pilares...

O interior não tem fronteiras, suportes ou pilares. Ele é espaço infinito, espaço puro.
Ele é não coisa, e não há ninguém ali. Ele é completamente silencioso; nem um único som jamais penetrou ali. Ninguém jamais caminhou naquela praia de seu ser interior, nenhuma pegada está ali. Ele é uma terra virgem.
Se você investigar esse espaço interior, você começará a desaparecer. Quanto mais você olhar pra dentro, mais você desaparecerá.
É por isso que as pessoas não querem olhar pra dentro. Elas falam sobre autoconhecimento, sobre como olhar pra dentro, sobre técnicas, mas elas não olham. E não existe técnica.
Olhar pra dentro é um fenômeno muito simples, tão simples como olhar para fora.
Você pode simplesmente fechar os olhos e olhar pra dentro. Mas o medo surge, grande medo surge ao olhar para dentro, pois aquele vazio o esmaga.
Você começa a desaparecer, a sentir como se fosse morrer. Você corre para trás e começa a pensar em mil e uma coisas.
Você já observou isso? Sempre que você senta em silêncio e olha pra dentro, a mente imediatamente cria muitos pensamentos.
Mas por que isso? Essa é sua estratégia. É como o polvo: sempre que ele vê que algum inimigo está se aproximando, ele libera uma tinta escura como uma nuvem à sua volta.
Imediatamente a nuvem de tinta o circunda e o inimigo não pode ver onde ele está.
Do mesmo modo, quando você vai pra dentro, imediatamente sua mente começa a secretar mil e um pensamentos; imediatamente há uma grande corrida de energia para o pensamento.
Isso é exatamente como o polvo liberando tinta escura em volta de si mesmo – cria uma nuvem, de tal modo que você não possa ver o nada mais íntimo.
E na verdade, você não quer perceber. Perceber é cometer suicídio, suicídio como um ego, como um eu.

Meu lugar permanente
Não tem pilares;
Ele é descoberto...
Mesmo assim a chuva não o molha
Nem o vento o golpeia.

É exatamente como o vasto céu aberto... Nenhum pilar, nenhum telhado. Ele é infinidade.
Você acha que quando chove o céu fica molhado?
Perceba... Como se pode tocar o puro nada? E da mesma forma que existe um céu externo há um interno.
No dia em que você souber, tudo é um céu – externo, interno, tudo é um.
E a pessoa precisa ser muito corajosa para investigar... E uma vez que você tenha a coragem de perceber a sua realidade todos os medos desaparecem, pois todos eles são pelo ego, são devido ao ego.
“Vou sobreviver ou não?” O medo é isso. Mas, uma vez que você tenha visto o céu interno, o medo não pode permanecer.
E isso aparece somente quando você não é, quando você desapareceu – puro silêncio...
Ao viver nesse espaço interno, você não fica preocupado com a segurança.
Então a insegurança se torna a sua segurança.

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