8 de ago. de 2016

Uma atitude em relação à vida


Osho diz:
A melhor maneira de perder a vida é ter uma determinada atitude em relação a ela.

Perceba... As atitudes se originam na mente, e a vida está além da mente. Atitudes são nossas fabricações, nossos preconceitos, nossas invenções. A vida não é nossa fabricação; pelo contrário, nós somos apenas pequenas ondas no lago da vida.
Que tipo de atitude pode ter uma pequena onda do oceano em relação ao oceano? Que tipo de atitude pode ter uma folha em relação à terra, à lua, ao sol, às estrelas? Todas as atitudes são egoístas, todas as atitudes são estúpidas.
A vida não é uma filosofia, a vida não é um problema; A vida é um mistério. Você deve vivê-la, não de acordo com um determinado padrão, não de acordo com um dado condicionamento – o que lhe disseram sobre a vida. Você deve começar novamente, do nada.
Cada indivíduo deveria pensar como se fosse a primeira pessoa sobre a terra. Ele é o Adão ou a Eva.
Então, você pode se abrir a infinitas possibilidades. Então você pode ficar vulnerável, disponível. E quanto mais disponível você estiver, maior será a possibilidade de a vida acontecer a você.
Suas atitudes funcionam como barreiras. Assim a vida nunca o alcança tal como ela realmente é, pois ela tem que se ajustar à sua filosofia, à sua religião, à sua ideologia, e nesse próprio ajustamento alguma coisa morre. Pode parecer vida, mas não é.
E é isso que as pessoas têm feito através dos tempos. Os Hindus estão vivendo de acordo com a atitude Hindu, os muçulmanos de acordo com a atitude muçulmana e por aí vai... Mas lembre-se de uma verdade básica e fundamental: a atitude não lhe permite entrar em contato com a vida tal como ela realmente é – a atitude distorce, interpreta.
Quando você tem uma determinada atitude em relação à vida, você acaba perdendo a própria vida. Você acaba vivendo cercado por suas atitudes, em um tipo de casulo, encapsulado – e você será infeliz.
Não se relacione com a vida com seus punhos fechados. Abra suas mãos. Vá para à vida com uma imensa inocência – não decida nada de antemão, sem experimentar, sem experienciar, sem viver. O problema básico é que você já decidiu de antemão, sem experimentar, sem vivenciar. Você já chegou a determinadas conclusões e, naturalmente, se essas conclusões já estão dentro de você, sua mente tentará encontrar maneiras e meios para sustenta-las.

No passado acreditava-se que nossos sentidos eram portas; acreditava-se que a realidade alcança, através de nossos sentidos, o nosso ser interior. Agora, as pesquisas mais recentes mostram outra coisa: nossos sentidos não são apenas portas, mas são guardas também. Somente dois por cento da informação têm permissão para entrar, noventa e oito por cento é mantida fora. Não é assim? Qualquer coisa que se oponha à sua concepção de vida é barrada, e somente dois por cento se infiltra.
Ora, viver uma vida de somente dois por cento não é absolutamente viver.

É perigoso ter qualquer atitude em relação à vida. Por que não permitir que a vida tenha a sua dança, a sua melodia, sem qualquer expectativa? Por que não podemos viver sem expectativas? Por que não podemos ver “aquilo que é”, em sua pureza? Por que deveríamos nos impor em relação à vida?
É melhor não rotular a vida. Você terá uma experiência mais bela das coisas, terá uma experiência mais cósmica, porque as coisas não estão realmente divididas.
A existência é um todo orgástico, é uma unidade orgânica. A menor folha de grama é tão importante quanto a maior estrela.
A menor das coisas é também a maior, porque tudo é uma unidade. No momento em que você começa a dividir, você começa a criar definições - e é desta maneira que vamos perdendo a vida e o seu mistério.
Todos nós temos atitudes: esta é a nossa angústia. Todos nós olhamos a partir de um determinado ponto de vista – por isso a nossa vida se torna pobre.
Você deve ser mais líquido, mais fluido; Você não está aqui para ser um censor. Não tome a vida como um problema – ela é um mistério tremendamente lindo.

Então, beba a vida – ela é puro vinho. Embriague-se com ela!

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